segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tudo é uma questão de referência!


Olá Leitores,

Este final de semana a aventura foi diferente, mais com a cara da verdadeira China. Fiz uma viagem para Linan, com meus colegas chineses e levei para o programa de índio minha amiga Julia.
Ju, estou te devendo essa!
Fiquei tentando entender o que é turismo e diversão para os chineses. Imaginem que aqui tudo é censurado, as informações são reprimidas pelo governo e esse povo não tem muita idéia do que é o mundo fora da China. Não sei se eles se divertiram ou não, todos são tão frios, com aquele sorriso amarelo que é bem difícil de captar a entrelinha.
Bem lá fomos nós, meus amigos americanos, Jason e John e mais um grupo de chinocos. Linan fica a 3h30min de Shanghai, é uma cidade de 800 mil habitantes e com atrações de ecoturismo ao redor. Chegamos e fomos direto para o almoço, que foi bem difícil, quase não deu para comer nada. Depois fizemos rafting, que aliás até isso é fake aqui! Sim, o rio não tinha muito desnível, daí eles fazem uma barreira e um vão para o bote descer. Compram aquelas armas de plástico para encher com a água que parecia limpa do rio e ficam jogando uns nos outros e na gente também. Estava calor então foi bom. Não deu para levar a câmera, mas tinha um cara com uma moto ao longo do rio tirando foto da gente, sim eu e Julia fomos no mesmo bote, mas quando chegamos pensamos, vamos encontrar nosso book de fotos para vender e não encontramos nada! Acho que era um daqueles chineses que não vê muito ocidental e estava tirando foto nossa para própria recordação, não quero nem imaginar onde vão parar!
Abaixo a recordação do local, com um outro barquinho mais tranquilo que o nosso. A Julia, matando a fome com o frango xadrês, que só tinha amendoim, nada de frango e o figurinha do chinês de uma loja tradicional que ficou encantado conosco!




Chegamos no hotel e o jantar foi servido às 18h30, como somos educadas tomamos banho antes do jantar e adivinha se sobrou comida? Chegamos 20 minutos depois não tinha mais nada! Lá fomos nós perguntar se tinha um McDonald´s, afinal a cidade tem 800 mil habitantes. Pensei comigo, se Valinhos com 80 mil tem, aqui deve ter uns 10! Que nada, encontramos apenas um KFC e tivemos que matar a fome com frango frito.
Nem perdemos o nosso tempo para o café da manhã do domingo que com certeza não daria para comer nada, já que o menu era bem chinês. A Julia saiu pela rua para tentar um iogurte, hahahaha! Claro que não encontrou... conclusão bolacha e chá pronto.
O programa do domingo era uma escalada até uma ponte tipo Capilalo Bridge (aquela ponte pênsil do Indiana Jones), eu disse tipo. Nem conseguimos ver de longe a ponte, tinha uma fila imensa com várias excursões que tivemos que mudar o rumo e ir fazer uma caminhada até uma cachoeira. O duro novamente foi o almoço! Chegamos e fomos para o banheiro, o cheiro era insuportável e segundo a Julia, porque depois do grito que ela deu eu sai correndo de lá! Tinha uma banheira com os peixes vivos nadando. Sim, aqui eles gostam de tudo fresco, fresco não significa que é higiênico. Nem preciso falar que improvisamos um banheiro atrás da árvore e que não conseguimos comer nada. Vejam o "chicken feet" e o peixe que estava nadando lá no banheiro. Sem falar na delícia da cachaça que fica de molho com uma cobra e que segundo eles isso dá muita saúde! Não sei pra quem? Alías eu na sexta-feira fui parar no hospital, infecção intestinal causada por bactéria!
Valeu a aventura, primeira e última excursão, não vou mais não! A sensação de estar de volta à Shanghai foi muito boa! Nada como estar de volta à civilização! Saímos correndo para um dos meus restaurantes preferidos, o Element Fresh!! Nossa que fome estavámos (eu e Julia)!!
Abaixo as fotos da excursão, faltou a foto da banheira com peixes! Tinha que ter tirado!









Beijos e até a próxima!

Um comentário:

  1. Olá Carol, conheci o seu blog através da Christine Marote. Estou achando ótimas as suas descrições da vida na China. Estive por aí por 3 anos e meio, mudei-me recentemente. Também escrevi um blog sobre a China e vejo nos seus relatos, a semelhança do que todos os estrangeiros vivem por aí! De tempos em tempos, passarei por aqui para ler as suas histórias. Dora Dolabela

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